segunda-feira, 23 de abril de 2012

Vírus: seres sem organização celular

         A palavra vírus vem do latim e significa “veneno”. Os vírus são seres tão pequenos (algumas dezenas de vezes ainda menos que as bactérias) que não são vistos ao microscópico óptico, mas apenas ao microscópio eletrônico; por isso são chamados de seres ultramicroscópicos.
        Louis Pasteur foi um dos primeiros cientistas a deduzir a existência de seres ainda menores que as bactérias. Filtros de porcelana são capazes de reter bactérias. Mas, quando certos caldos extraídos de tecidos infeccionados passavam por filtros de porcelana, verificava-se que esses caldos continuavam nocivos. Além disso, certos tecidos infeccionados não revelavam a presença de nenhum microrganismo, vistos ao microscópio óptico. Isso fez com que os cientistas deduzissem que existiriam microrganismos ainda menores que as bactérias, tão menores que passavam pelos poros dos filtros de porcelana e não era vistos ao microscópio óptico.

            Características gerais dos vírus

       Os vírus não são incluídos em nenhum dos cinco reinos de Whitacker, pois não tem todas as características necessárias para um ser vivo.
               
         São acelulares: os vírus não possuem organização celular. Não têm membrana plasmática, nem citoplasma e organelas, nem núcleo.
               
           Não apresentam metabolismo próprio: nos vírus não ocorrem as reações químicas observadas no interior de uma célula viva. Fora de uma célula-hospedeira eles não têm nenhuma atividade; são inertes e podem até formar cristais, como os minerais.

             Podem passar por mutações: o material genético dos vírus pode sofrer mutações e gerar grande variedade a partir de um único tipo desses seres; um exemplo são os milhares tipos de vírus da gripe humana.

           São parasitas intracelulares obrigatórios: os vírus só conseguem se reproduzir dentro de uma célula-hospedeira. A sua reprodução é dividida em dois ciclos: o ciclo lítico e o ciclo lisogênico.

        Existem dois tipos de vírus: os envelopados e os não-envelopados. Os vírus envelopados são constituídos por envelope, capsídio e genoma. Os vírus não-envelopados são constituídos apenas de capsídio e genoma.
        O envelope é uma estrutura constituída por uma camada bimolecular lipídica responsável pela proteção do vírus. O envelope geralmente é a própria membrana plasmática da célula hospedeira com algumas proteínas específicas dos vírus. O capsídio é uma cápsula de proteína responsável por proteger o genoma. Cada proteína do capsídio é chamada de capsômero. O genoma nada mais é que o DNA, os genes do vírus. Nos vírus envelopados, as proteínas ligantes têm o papel de reconhecer a célula hospedeira e ligar-se a ela.
              Os vírus possuem duas maneiras de se reproduzir. No caso do bacteriófago, um vírus que ataca somente bactérias, ele reconhece e liga-se à célula bacteriana, então, injeta o seu DNA no citoplasma da bactéria. Lá, o DNA do vírus faz com que a bactéria passe a produzir o DNA do parasita juntamente com o seu. Depois, ocorre a lise da célula. Ou seja, a célula se quebra e libera os vírus que haviam se desenvolvido dentro dela. Esses novos vírus então, vão parasitar outras células. Esse ciclo é chamado de ciclo lítico. É justamente por conseguirem destruir a célula que os vírus causam doenças. O outro ciclo é chamado de ciclo lisogênico. A diferença entre os dois ciclos é que no ciclo lisogênico, após o vírus injetar o seu DNA no citoplasma bacteriano, o DNA viral se incorpora no bacteriano e forma plasmídios. Os plasmídios ficam adormecidos dentro da célula. Apenas quando a bactéria da sinais de que vai morrer é que os plasmídios saem.

             Principais viroses humanas


Dengue


Febre Amarela


Herpes


Hepatite B


Poliomielite


AIDS


Catapora/Varicela


Sarampo


Rubéola


Caxumba/ Parotidite Infecciosa

Raiva

Gripe Aviária

Gripe Espanhola

Varíola          






Texto por: Laura França e Raquel

quinta-feira, 12 de abril de 2012

Vídeos sobre os vírus

Reinos de Whitacker

REINO MONERA: compreende todos os seres unicelulares e procariontes. Não possuem organelas membranosas no citoplasma, como mitocôndrias e cloroplastos. São as bactérias e as cianobactérias (algas azuis). Ex. Vibrio cholerae (vibrião colérico) e algas do gênero Rhyzobium.


Streptococcus

Lactobacillus

REINO PROTOCTISTA: é formado por seres eucariontes, unicelulares e pluricelulares (algas). Possuem organelas membranosas no citoplasma. A célula protoctista é tão complexa que consegue executar funções de tecidos, órgãos e sistemas de seres pluricelulares complexos. São seres heterótrofos e autótrofos. São os protozoários e as algas eucariontes. Ex.Trypanosoma cruzi (barbeiro) e Euglem viridis.




Trypanosoma cruzi



Toxoplasma gondii

REINO METAFITA: engloba todas as plantas. São seres eucariontes, pluricelulares e autotróficos. Suas células são cobertas por uma substância dura: a celulose. Apresentam tecidos e órgãos especializados. Ex. Araucaria angustifólia (pinheiro-do-paraná), Cymbopogon citratus (cidreira), Porphyra nori (alga que reveste o sushi) e Baccharis genistelloides (carqueija).

Dicksonia sellowiana

Araucaria angustifolia

Dieffenbachia seguine

Zantedeschia aethiopica

REINO FUNGI: compreende todos os fungos. Os fungos são seres eucariontes, unicelulares ou pluricelulares e heterotróficos. Possuem parece celular. As leveduras são fungos unicelulares; os cogumelos-de-chapéu são fungos pluricelulares. Ex. Candida albicans (sapinho), Rhizopus nigricans (bolor preto do pão) e Boletus satanas.



Penicillium chrysogenum

Amanita muscaria

REINO METAZOA: compreende todos os animais. São seres eucariontes, pluricelulares e heterótrofos. Não possuem parede celular. Ex. Panthera onca (onça-pintada), Hydrochoerus hydrocoeris (capivara), Panthera tigris (tigre), Canis lupus (lobo), Ursuus maritimus (urso branco) e Homo sapiens sapiens (humano).

Panthera tigris tigris

Salmo salar



Sphyraena forsteri

Castor canadensis

Micrurus corallinus

Bombina bombina

Loxosceles reclusa

Canis lupus



Aptenodytes forster



Pavo cristatus


Felis catus


Texto por: Raquel

Cladograma dos Reinos de Whitacker


Taxonomia de Linnaeus

Taxonomia é a ciência que classifica os seres vivos. A palavra taxonomia vem do grego e quer dizer:

Taxo (τασσεῖν)-colocar junto
Nomos (νόμος)-lei, regra

O primeiro a classificar os seres vivos foi Aristóteles. Ele os dividiu em três categorias:

Reino (mineral, vegetal e animal)
Gênero
Espécie

Mais tarde, Teofasto também classificou seres vivos. Porém, ele estudou apenas as plantas.  Dividiu-as em:

Ervas
Arbustos
Arvoredos
Árvores

Após Teofasto, Agostinho de Tagaste também classificou as plantas. Ele as classificou em:

Úteis
Nocivas

Por fim, Carl Von Linne (Linnaeus, ou em português, Lineu), criou os critérios da taxonomia atual. No total, Lineu escreveu mais de setenta livros e trezentos artigos científicos. Algumas das suas obras científicas mais relevantes são:


Systema Naturae- 1735
Fundamenta Botanica- 1736
Flora Lapponica- 1737
Genera Plantarum- 1737
Hortus Cliffortianus- 1737
Flora Suecica- 1745
Fauna Suecica- 1746
Philosophia Botanica- 1751
Species Plantarum- 1753
Mundus Invisibilis- 1767


Ele dividiu os seres vivos em:

Reino
Filo
Classe
Ordem
Família
Gênero
Espécie

Ele também criou as regras de nomenclatura para escrever o nome das espécies:

I) O nome da espécie deve ser composto por duas palavras (BINOMINAL). É composto pelo gênero e pela espécie;

II) O gênero deve iniciar com letra maiúscula e a espécie deve iniciar com letra minúscula;

III) Deve ser escrito em latim ou latinizado; 

IV) Se estiver digitalizado, deve estar em itálico. Se estiver manuscrito, deve estar sublinhado.

V) O nome do seu descobridor deve estar escrito depois do nome científico.

Exemplos:

Tunga penetrans L


Araucaria angustifolia Kuntze


* Apenas Lineu pode ter seu nome abreviado em "L", pois foi ele quem registrou a maioria das espécies existentes. O nome dos demais é escrito sem abreviações.

ESPÉCIE:

Para algum ser vivo pertencer a mesma espécie que outro é necessário que ambos tenham algumas características em comum. Precisam ser semelhantes entre si, apresentar características morfológicas parecidas, precisam viver numa mesma área e precisam ser capazes de se cruzar entre si e gerar descendentes férteis. Podemos concluir então que: espécie é um conjunto de organismos semelhantes entre si, com as mesmas características morfológicas, que vivem no mesmo habitat, capazes de se cruzar e gerar próle fértil.



Quando indivíduos de duas espécies diferentes se cruzam, geram descendentes estéreis. Um exemplo muito comum é quando o jumento (Equss africanus asinus) se cruza com a égua (Equus caballus). O resultado dessa cruza é a mula. A mula possui as características positivas das duas espécies. É um animal adaptado ao transporte de cargas, por isso é muito comum em terrenos acidentados e em fazendas. 


Apesar de ser uma cruza muito boa para esse tipo de trabalho, a mula não pode gerar descendentes, pois é infértil. "Devido ao fato dos cavalos possuírem 64 cromossomos, enquanto o jumento possui 62, resultando em 63 cromossomos, as mulas são, quase sempre, estéreis. São raros os casos em que uma mula deu à luz; com efeito, desde 1527, data em que os casos começaram a ser arquivados, apenas 60 casos foram registrados." Wikipédia


Texto por: Raquel

Célula Vegetal


Desenho por: Raquel

terça-feira, 10 de abril de 2012

Célula Animal

Desenhor por: Raquel
Sem escala



1- MEMBRANA PLASMÁTICA: proteção da célula;
2- COMPLEXO DE GOLGI: armazenamento de substâncias produzidas pela célula;
3- VESÍCULA DE SECREÇÃO: controle de substâncias;
4- LISOSSOMOS: digestão celular;
5- MITOCÔNDRIA: respiração celular e produção de energia;
6- CITOPLASMA: região localizada entre a membrana plasmática e a carioteca (hialoplasma e organelas);
7- RETÍCULO ENDOPLASMÁTICO LISO (REL): transporte de proteínas;
8- MICROTÚBULOS: participam dos movimentos celulares;
9- VACÚOLO: armazenam produtos de nutrição ou de excreção;
10- RIBOSSOMOS DO RER: síntese proteica;
11- RETÍCULO ENDOPLASMÁTICO RUGOSO: transporte de substâncias;
12- RIBOSSOMOS LIVRES
13- POROS NUCLEARES: controlam as substâncias que saem do núcleo, como o RNA mensageiro;
14- NUCLEOPLASMA: líquido do núcleo;
15- NUCLÉOLO: região mais concentrada de material genético;
16- CARIOTECA: proteção do núcleo e metabolismo celular;
17- FLAGELO
18- MICROTÚBULOS
1A- FOSFOLIPÍDIOS
1B- PROTEÍNAS

Célula Bacteriana



Citologia

ESTRUTURA QUÍMICA E METABOLISMO CELULAR

A Citologia é a ciência que estuda a célula, sua estrutura e funções. No entanto, para podermos entender bem uma célula, precisamos primeiro conhecer do que ela é feita.

COMPONENTES QUÍMICOS DA CÉLULA

                                                             Célula Animal                   Célula Vegetal

Água                                                             60%                                  70%
Substâncias minerais                             4,3%                                 2,75%
Glicídios                                                      6,2%                                 18%
Lipídios                                                       11,7%                               0,5%
Proteínas                                                    17,8%                               4%


ÁGUA

Um dos componentes básicos da célula é a água. A água é o solvente universal. Para que as substâncias possam se encontrar e reagir, é preciso existir água. A água também ajuda a evitar variações bruscas de temperatura, pois apresenta valores elevados de calor específico, calor de vaporização e calor de fusão. Organismos pecilotérmicos não podem viver em lugares com temperaturas abaixo de zero, pois como não são capazes de controlar a temperatura do corpo, a sua água congelaria e os levaria à morte. Nos processos de transporte de substâncias, intra e extracelulares, a água tem importante participação. A água também tem função lubrificante, estando presente em regiões onde há atrito, como por exemplo, nas articulações.

A quantidade de água varia de acordo com alguns fatores:


1º - Metabolismo: é o conjunto de reações químicas de um organismo, podendo ser classificado como metabolismo energético e plástico. Quanto maior a atividade química (metabolismo) de um órgão, maior o teor hídrico.


2º - Idade: o encéfalo do embrião tem 92% de água e o do adulto 78%. A taxa de água em geral decresce com a idade.

3º - Espécie: na espécie humana há 64% de água e nas medusas (água-viva) 98%. Esporos e sementes
vegetais são as estruturas com menor proporção de água (15%).



Quantidade de água do peso total em alguns órgãos humanos:

Encéfalo de embrião: 92,0%
Músculos: 83,4%
Cérebro: 77,8%
Pulmões: 70,9%
Coração: 70,9%
Osso: 48,2%
Dentina: 12,0%


SAIS MINERAIS

Aparecem na composição da célula sob duas formas básicas: imobilizada e dissociada. Se apresentam sob a forma imobilizada como componentes de estruturas esqueléticas (cascas de ovos, ossos, etc.). Sob forma dissociada ou ionizada.


GLICÍDIOS

Os glicídios são também conhecidos como açúcares, sacarídios, carboidratos ou hidratos de carbono. São moléculas compostas principalmente de: carbono, hidrogênio, oxigênio. Os açúcares mais simples são os monossacarídios, que apresentam fórmula geral. O nome do açúcar é dado de acordo com o número de átomos de carbono da molécula, seguido da terminação OSE. Por exemplo, triose, pentose, hexose. São monossacarídios importantes: glicose, frutose, galactose, ribose e desoxirribose.

A junção de dois monossacarídeos dá origem a um dissacarídio. Ex. sacarose. Quando temos muitos monossacarídeos ligados, ocorre a formação de um polissacarídeo, tal como o amido, o glicogênio, a celulose, a quitina, etc. Os glicídios são a fonte primária de energia para as atividades celulares, podendo também apresentar funções estruturais, isto é, formar estruturas celulares. Enquanto as plantas produzem seus próprios carboidratos, os animais incorporam-nos através do processo de nutrição.


LIPÍDIOS

A principal propriedade deste grupo de substâncias é o fato de serem insolúveis em água. Essas substâncias são formadas por C, H e O, mas em proporções diferentes dos carboidratos. Fazem parte deste grupo as gorduras, os óleos, as ceras e os esteróides. As gorduras e os óleos formam o grupo dos triglicerídios, pois, por hidrólise, ambos liberam um álcool chamado glicerol e 3 "moléculas" de ácidos graxos. O ácido graxo pode ser saturado ou insaturado. O saturado é aquele onde há somente ligações simples entre os átomos de carbono, como por exemplo, o ácido palmítico e o ácido esteárico.O ácido graxo insaturado possui uma ou mais ligações duplas entre os carbonos, como, por exemplo, o ácido oléico.

R = 10 ou mais átomos de carbono.

Um lipídio é chamado "gordura" quando está no estado sólido à temperatura ambiente; caso esteja no estado líquido será denominado "óleo". As ceras são duras à temperatura ambiente e macias quando são aquecidas. As ceras, por hidrólise, liberam "uma" molécula de álcool e ácidos graxos, ambos de cadeia longa. Os esteróides são lipídios de cadeia complexa. Como exemplo, pode-se citar o colesterol e alguns hormônios: estrógenos, testosterona.


PROTEÍNAS

São os principais constituintes estruturais das células. Elas têm três papéis fundamentais:

1º -estruturam a matéria viva (função plástica), formando as fibras dos tecidos;
2º -aceleram as reações químicas celulares (catálise) - neste caso as proteínas são chamadas de enzimas (catalisadores orgânicos);
3º funcionam como elementos de defesa (anticorpos).

As proteínas são macromoléculas orgânicas formadas pela junção de muitos aminoácidos (AA). Os aminoácidos são as unidades (monômeros) que constituem as proteínas (polímeros). Qualquer aminoácido contém um grupo carboxila e um grupo amina.



*Quem quiser saber mais sobre citologia, dê uma olhada no site que foi tirado o texto. Lá explica aprofundadamente os componentes da célula, sua função e sua composição química. Além de abordar sobre outros assuntos da Biologia.

Postado por: Raquel