sábado, 5 de maio de 2012

1º Bimestre


Reino Monera

               O Reino Monera é o reino mais antigo dos cinco reinos existentes. Moneras são todos os seres vivos unicelulares e procariontes. São as bactérias e as cianobactérias (algas azuis). O termo "bactéria" foi introduzido pelo microbiologista alemão Ehrenberg, em 1828. Bacterium vem do grego bakterion, e quer dizer "pequeno bastão". As únicas organelas existentes na célula bacteriana são os ribossomos, responsáveis pela produção de proteínas.
            As bactérias são os seres mais numerosos do planeta, porém, só foram descobertas em 1683, por acaso, por Arton van Leeuwenhoek.  Ele era um negociante holandês de tecidos, que tinha como passatempo polir lentes e construir microscópios. Então, observando resíduos tirados dos próprios dentes, ele observou seres muito pequenos, parecidos com bastões. Em suas descrições, ele refere-se a esses seres como “animálculos”, que em latim significa “pequenos animais”.
            As bactérias são encontradas em todos os ecossistemas da terra. São geralmente menores do que 8 micrômetros de comprimento (um micrômetro é igual a 0,001 milímetro).

            As diferentes formas das bactérias
           
            As bactérias possuem diferentes formas. São divididas em:

         Espirilo: tem forma espiralada, com várias espirais;


Leptospira interrogans

            Coco: tem forma arredondada;


Neisseria gonorrhoeae


Neisseria meningitidis


Streptococcus pneumoniae
           
            Vibrião: tem forma de vírgula;


Vibrio cholarea

            Bacilo: tem forma de bastonete.


Mycobacterium tuberculosis


Mycobacterium leprae


Corynebacterium diphtheriae


Clostridium tetani

            Nutrição das bactérias
           
            As bactérias podem ser autótrofas ou heterótrofas. As autótrofas são relativamente raras; elas são capazes de produzir as substâncias orgânicas (açúcares, gordura, proteínas) de que necessitam utilizando substâncias minerais do ambiente. Algumas bactérias autótrofas fazem fotossíntese, como as cianobactérias. As heterótrofas são muito mais abundantes; elas obtêm de outros seres vivos ou de restos orgânicos o alimento que necessitam.

            Respiração

         Quanto à respiração, as bactérias são divididas em aeróbias e anaeróbias. As bactérias aeróbias são aquelas que dependem do oxigênio do ar na respiração para conseguir energia. E as bactérias anaeróbias são aquelas que não dependem do oxigênio para conseguir energia. Elas utilizam um processo conhecido como fermentação. A fermentação feita por essas bactérias é aproveitada para a fabricação de iogurtes, queijos e vinhos, por exemplo.
        
         Reprodução

            As bactérias conseguem se reproduzir muito rapidamente. Podem gerar milhares de descendentes em apenas uma hora. Elas se reproduzem tanto assexuadamente quando sexuadamente.
            Na reprodução assexuada, acontece a divisão por cissiparidade, também chamada de divisão simples ou bipartição. Cada bactéria divide-se em duas outras bactérias geneticamente iguais, quando não ocorrem mutações.
        Na reprodução sexuada, as bactérias trocam seu material genético, se unindo pelo frímbias. A bactéria doadora injeta parte de seu material genético na outra, a bactéria receptora. Então, as duas bactérias separam-se e no interior da bactéria receptora, ocorrem recombinações genéticas. Por isso, há mais chances de ocorrer mutações. Essa forma de reprodução é chamada de conjugação.


         CIANOBACTÉRIAS

            As cianobactérias, também conhecidas como cianofíceas ou algas azuis, são bactérias autótrofas fotossintetizantes. Elas são encontradas em água doce, água salgada, solos úmidos, em troncos de árvores e recobrindo superfícies rochosas. Podem viver isoladas ou formar colônias. São consideradas os mais antigos seres vivos do nosso planeta, e também os mais antigos fósseis conhecidos, possuem cerca de 3,5 bilhões de anos.
            As cianobactérias não possuem cloroplasto, como os vegetais, mas possuem clorofila e outros tipos de pigmentos. De acordo com a proporção dos pigmentos, as cianobactérias podem ter coloração azulada, esverdeada, amarelada, avermelhada, entre outras.





Nostoc




Anabaena




Gloeocapsa



Oscillatoria

       Quando uma colônia de cianobactérias cresce, ela forma um estromatólito. Estromatólitos são rochas formadas por um tapete de calcário produzido pelas células bacterianas da colônia, no fundo de mares rasos ou lagos salgados. O acúmulo de carbonatos (calcita, calcita magnesiana e dolomita) forma uma estrutura semelhante a um domo sobre uma coluna, parecendo um recife.
              Os estromatólitos são formados pelos primeiros seres a realizar fotossíntese, por isso, foram responsáveis pela produção de oxigênio do planeta. A acumulação desse oxigênio transformou-se na camada de ozônio, o que possibilitou o aparecimento de muitos outros organismos, como os seres eucariontes.




Estromatólitos

            Algumas cianobactérias, como as do gênero Nostoc e Rhyzobium, são capazes de fixar o gás nitrogênio atmosférico e realizar fotossíntese. Fazendo isso, esses seres conseguem sobreviver em ambientes inóspitos, onde outros grupos de seres vivos normalmente não conseguem se desenvolver.

            A importância das bactérias

        As bactérias são de extrema importância não só para os seres humanos, mas para o meio ambiente também. As bactérias decompositoras, juntamente com a maioria dos fungos, atuam na natureza decompondo organismos mortos. Elas nutrem-se das substâncias desses organismos ou de seus resíduos. Os seres vivos que desempenham essa função são chamados de sapróbios, saprófagos ou saprófitos. “Saprós”, em grego, significa “podre”. Na decomposição, as substâncias orgânicas são transformadas em substâncias minerais, como gás carbônico, água e sais minerais.
         Existem também bactérias que capturam o gás nitrogênio atmosférico e o transformam em sais nitrogenados. Essas bactérias vivem associadas às raízes de leguminosas. Então, as leguminosas absorvem esses sais. Dessa forma, as bactérias atuam como uma “fonte de adubo” para as leguminosas.
    Para os humanos, as bactérias são muito importantes na indústria alimentícia e farmacêutica principalmente. Certas bactérias são usadas na fabricação de produtos como queijos, iogurtes, vinagres e vinhos. Elas fermentam os alimentos. Na indústria farmacêutica, as bactérias são utilizadas para a fabricação de antibióticos.





Produção de iogurte, antibiótico e vinho, respectivamente

            As bactérias e a engenharia genética

            “Biotecnologia (do grego bios: vida; techno: técnica; logos: estudo) é o estudo das técnicas e dos processos biológicos associados à obtenção de produtos de uso e interesse humano.
            Um dos mais promissores ramos da biotecnologia atual é a engenharia genética: o conjunto das técnicas envolvidas com a manipulação do DNA.
            A engenharia genética desenvolveu técnicas capazes de transferir genes de um ser vivo para outro. Por exemplo, quando o gene responsável pela produção do hormônio insulina em seres humanos é transplantado para o interior de certas bactérias, elas passam a produzir o mesmo hormônio, seguindo a “receita” determinada pelo gene humano.
            Multiplicando-se em meios de cultura, em laboratório, as bactérias dão origem a milhões de outras bactérias, que herdam seu material genético, inclusive o gene humano transplantado. Assim, uma grande quantidade de bactérias passa a produzir insulina de maneira relativamente rápida e barata.
            Esse é um exemplo de como os cientistas podem dirigir o “comportamento” de bactérias geneticamente modificadas para fins previamente definidos.
              As bactérias portadoras de genes transplantados atuam como “fábricas” a serviço dos interesses humanos. Com o uso de bactérias geneticamente modificadas, os seres humanos conseguem atualmente obter hormônios e outros produtos para seu próprio benefício.
               Antes da engenharia genética, por exemplo, as pessoas com diabetes melito - doença em que a produção de insulo pelo pâncreas é insuficiente – recebiam insulina, quando necessário, que era extraída de animais como vacas e porcos. Porém, alguns diabéticos são alérgicos à insulina desses animais. Com a engenharia genética, esse problema deixou de existir: as bactérias produzem insulina humana, já que a produção desse hormônio nas bactérias é comandada pelo gene humano nelas transplantado.”
                                                                                                                                                                                                           Fonte: p.78  Ciências- Os Seres Vivos


Texto por: Raquel
Imagens retiradas da Internet