HABITAT
Peixes: Água doce ou salgada.
Anfíbios: Terra úmida.
Répteis: Terra.
Aves: Terra.
Mamíferos: Terra e água.
CARACTERÍSTICAS QUE AUXILIAM NO HABITAT
Peixes: Corpo com formato hidrodinâmico (achatado lateralmente e alongado); nadadeiras; escamas lisas que servem para diminuir o atrito com a água enquanto o animal se desloca; musculatura do tronco segmentada. Não possuem pálpebras.
Anfíbios: Pele úmida; permeabilidade da pele; pecilotermia; respiração pulmonar e cutânea (na fase adulta); proteção dos olhos por pálpebras móveis; glândulas protetoras de substâncias que os lubrificam e terminações nervosas que recebem certos estímulos.
Répteis: Pele seca e praticamente impermeável, rica em queratina, que os protege contra a desidratação; pecilotermia; respiração pulmonar (que dispensa a respiração pela pele, pois a pele é quase impermeável, o que impossibilita-os de conseguir oxigênio); órgãos que lhes permitem sentir o gosto e o cheiro das coisas; olhos com pálpebras e membrana nictitante; ovos protegidos por uma casca.
Aves: Penas impermeáveis que auxiliam no voo e são uma proteção térmica; homeotermia; sacos aéreos que diminuem o peso do animal na hora do voo; visão aguçada; bico; olhos protegidos por pálpebras e pela membrana nictitante; formato aerodinâmico do corpo e esqueleto leve e muito resistente.
Mamíferos: Pele recoberta de pelos; homeotermia; sentidos bem desenvolvidos (varia conforme as classes); membros locomotores bem desenvolvidos; tecido adiposo; glândulas sudoríparas, que ajudam a manter a temperatura do corpo, refrescando-os; diafragma (órgão muito importante que aumenta a capacidade do pulmão).
SISTEMA RESPIRATÓRIO
Peixes: A água entra continuamente pela boca do peixe, banha as brânquias e sai pelas aberturas existentes de cada lado da cabeça. Nas brânquias, o gás oxigênio é dissolvido da água e passa para o sangue, ao mesmo tempo que o gás carbônico se forma no organismo do animal e passa para a água, sendo eliminado do seu corpo. (Respiração Branquial)
Anfíbios: Na fase larval, os girinos respiram por meio de brânquias. Já na fase adulta, a respiração é por meio de pulmões e pele. O pulmão na fase adulta é pouco desenvolvido, esse fato é compensado pela respiração cutânea. Eles possuem muitos vasos sanguíneos e muita permeabilidade na pele. (Respiração Pulmonar e Cutânea)
Répteis: Os pulmões dos répteis são mais desenvolvidos que os dos anfíbios. Os pulmões fornecem aos répteis uma quantidade suficiente de oxigênio. Suas dobras internas aumentam a capacidade respiratória. Como a pele é quase impermeável, eles não poderiam ter respiração cutânea, pois a pele bloquearia a entrada de ar. (Respiração Pulmonar)
Aves: O sistema respiratório das aves é composto de narinas, traqueia, brônquios e pulmões. Os pulmões emitem prolongamentos e formam sacos aéreos, que são estruturas que atuam como reservatórios de ar, o que diminui o peso na hora do voo. Os sacos aéreos, por sua vez, têm prolongamentos que chegam até o interior de alguns ossos. Esses ossos são chamados de ossos pneumáticos, pois possuem ar em seu interior. (Respiração Pulmonar)
Mamíferos: O tubo respiratório dos mamíferos é composto de: nariz (com cavidades nasais), faringe, laringe, traqueia, brônquios e pulmões. Possuem um pulmão muito desenvolvido Conseguem absorver uma grande quantidade de ar com a ajuda dos alvéolos. existem cerca de 400 milhões de alvéolos em cada pulmão do ser humano.
SISTEMA CIRCULATÓRIO
Peixes: Os peixes possuem duas cavidades: um átrio e um ventrículo. O coração só recebe sangue venoso. Ele bombeia esse sangue para as brânquias, onde recebe oxigênio. O sangue agora oxigenado, é distribuído para todos os órgão do corpo do peixe (diferentemente dos mamíferos, o coração não bombeia o sangue para o corpo, nos peixes, quem exerce essa função são as brânquias), até que retorna novamente ao coração, sem oxigênio. (Simples)
Anfíbios: O coração dos anfíbios possui dois átrios e um ventrículo. O átrio esquerdo recebe sangue oxigenado e o átrio direito recebe venoso. Quando o sangue oxigenado vem do pulmão para o átrio esquerdo, parte dele vai para o corpo, porém, acaba se misturando com o sangue venosos, que está voltando para o pulmão. Em razão disso, o pulmão é pouco desenvolvido. O que compensa esse fato é a respiração cutânea. (Dupla e Incompleta)
Répteis: O coração dos répteis possui dois átrios e dois ventrículos . O ventrículo é parcialmente dividido, diferentemente dos anfíbios. Já nos crocodilianos, os ventrículos são totalmente separados. O átrio esquerdo recebe sangue oxigenado e o átrio direito recebe venoso. Quando o sangue com oxigênio vem do pulmão para o átrio esquerdo, parte dele vai para o corpo, mas se mistura parcialmente com o sangue venoso, que está voltando para o pulmão. (Dupla e Incompleta)
Aves: O coração das aves possui dois átrios e dois ventrículos. As aves são os primeiros cordados a apresentar ventrículos completamente separados. Assim, o sangue oxigenado nunca se mistura com o sangue venoso. Essa característica é muito importante em animais que têm metabolismo elevado. Eles consomem muito oxigênio na obtenção necessária de energia para, por exemplo, manter a temperatura do corpo constantemente.
Mamíferos: Os mamíferos possuem dois átrios e dois ventrículos. Os átrios são totalmente separados. O coração recebe sangue oxigenado do pulmão e o bombeia para o resto do corpo pelas artérias. Quando o sangue retorna, agora venoso, pelas veias para o coração, é bombeado para o pulmão e assim o recomeça o processo. Não há mistura entre sangue oxigenado e sangue não-oxigenado. Assim, os tecidos do corpo recebem somente sangue oxigenado. Essa característica é importante em animais que possuem metabolismo elevado e consomem quantidades relativamente grandes de oxigênio. (Dupla e Completa)
SISTEMA DIGESTÓRIO
Peixes: O sistema digestório dos peixes é composto de: boca, faringe, esôfago, estômago e intestino, além de outras glândulas como o fígado, Nos peixes cartilaginosos, o sistema digestório começa na boca e termina na cloaca. Nos peixes ósseos, o sistema digestório termina no ânus.
Anfíbios: O sistema digestório dos anfíbios inicia com uma boca geralmente bem larga. Em seu maxilar superior podem existir pequenos dentes que o auxiliam a prender a presa. A sua língua está presa na ponta da boca, com a frente para dentro do corpo, sendo lançada para frente com muita rapidez. Depois da boca, vem a faringe, que se liga com o esôfago. Seguem-se o estômago, intestino delgado e por final o intestino grosso, que termina na cloaca.
Répteis: Os répteis possuem um sistema digestório completo. O intestino grosso terminar na cloaca.
Aves: O sistema digestório das aves é completo, com boca, faringe, esôfago, papo, proventrículo, moela, intestino, cloaca e órgãos anexos, como fígado e cloaca. Quando o alimento é engolido, passa pela faringe e fica armazenado no papo, onde é amolecido. O alimento começa a ser digerido por um suco proventrículo (o estômago das aves). O alimento é triturado na moela e chega ao intestino onde a digestão se completa e os nutrientes digeridos são absorvidos. Os restos não aproveitados são eliminados para o meio externo com as fezes. O intestino termina na cloaca, que é uma espécie de bolsa que tem a função de eliminar fezes e urina e reprodução.
Mamíferos: O sistema digestório dos mamíferos é completo com boca e ânus. O tubo digestório é composto de boca, faringe, esôfago, estômago e intestino grosso e delgado. Possui também glândulas salivares, fígado e pâncreas. A digestão começa na boca, onde o alimento é mastigado e sofre ações da saliva. O alimento é engolido e chega no estômago, onde os nutrientes são digeridos pelos sucos digestórios. Após a digestão dos nutrientes, os alimentos vão para os intestinos, onde são absorvidos e os resíduos saem pelo ânus.
REPRODUÇÃO
Peixes: Cartilaginosos: Os peixes cartilaginosos possuem reprodução interna. O desenvolvimento é direto, os ovos dão origem a filhotes que já nascem com aspecto adulto, apenas menores. Ósseos: Os peixes ósseos possuem fecundação externa, ou seja, liberam seus gametas na água. Após a fecundação, forma-se um zigoto. Em muitos peixes ósseos, o desenvolvimento é indireto, com a formação de alevinos.
Anfíbios: A reprodução dos anfíbios é externa. O macho sobe em cima da fêmea, para se excitar. Depois, a fêmea deposita seus gametas na água. Simultaneamente, o macho solta os seus gametas sobre os da fêmea, para fecundá-los. Na água, os ovos correm o risco de serem devorados por animais diversos, como insetos, vermes e peixes. os sobreviventes podem se desenvolver e, cerca de uma semana depois, cada ovo gera uma larva chamada girino. Eles tem cabeça larga, cauda comprida e respiram por meio de brânquias. Depois de um tempo, eles desenvolvem pernas posteriores e anteriores. A medida que o girino vai se transformando e alcançando a forma adulta, sua cauda vai desaparecendo.
Répteis: Os répteis possuem sexos separados e a fecundação é interna; realiza-se no interior do corpo da fêmea. Isso representa mais uma adaptação à vida em ambientes terrestres. Na fecundação interna não há dependência de água para o encontro dos gametas, e estes não ficam expostos aos rigores do ambiente externo. Os répteis possuem órgão copulador, geralmente alojado na cavidade abdominal. Depois da fecundação, a fêmea quase sempre deposita os ovos em terra firme, enterrando-os. Os embriões se desenvolvem fora do corpo materno, no interior dos ovos, e deles recebem alimento.
Aves: As aves possuem reprodução interna, com a fêmea produzindo óvulos e o macho espermatozoides. Isso é mais um aspecto evolutivo das aves. A reprodução acontece por meio de um canal chamado oviduto, antes que a casca calcária do ovo seja formada. Quando os ovos se formam, percorrem o oviduto e são eliminados pela cloaca, mesmo os que não foram fecundados. Para o filhote se desenvolver, é preciso que alguém os choque (fêmea). O período de incubação varia de espécie para espécie. O ovo é protegido por uma casca muito resistente, outro aspecto de evolução. A casca possui poros que permitem a troca gasosa do meio externo com o embrião.
Mamíferos: Os mamíferos possuem sexos separados. O macho possui testículos produtores de espermatozoides. A fêmea possui ovários que produzem óvulos. A fecundação é sempre interna, durante a cópula, o macho introduz os espermatozoides no corpo da fêmea.
TEMPERATURA CORPORAL
Peixes: Os peixes são pecilotérmicos. Isso significa que a temperatura do corpo deles varia de acordo com a temperatura do ambiente.
Anfíbios: Os anfíbios são pecilotérmicos.
Répteis: Os répteis são pecilotérmicos.
Aves: As aves são homeotérmicas, isso significa que a temperatura do corpo permanece sempre a mesma, A temperatura das aves fica em torno de 40° C. A homeotermia contribui para a adaptação em diversos ambientes. Isso acontece porque a temperatura do corpo é mantida em um nível que permite um bom desempenho das atividades metabólicas, o que favorece a exploração dos recursos ambientais com grande eficácia.
Mamíferos: Os mamíferos também são homeotérmicos. Isso mostra a evolução das aves e mamíferos em relação aos peixes, anfíbios e répteis. Os mamíferos mantêm a temperatura em torno de 37° C.
ÓRGÃOS DOS SENTIDOS
Peixes: Os órgãos dos sentidos dos peixes são as bolsas olfatórias, os olhos e a linha lateral. As bolsas olfatórias são formadas por células localizadas nas narinas. São responsáveis por perceber cheiros dissolvidos na água. O olfato dos peixes é muito aguçado, o que compensa a má visão. A visão dos peixes são os olhos, que enxergam a uma curta distância. Os peixes não possuem pálpebras ou glândulas lacrimais. Por estarem dentro da água, não precisam lubrificar os olhos. A linha lateral é formada por poros, eles se comunicam com um canal nas escamas, onde existem células sensoriais. Assim, podem perceber diferenças na pressão, vibrações da água e a direção dos movimentos aquáticos.
Anfíbios: Os órgãos dos sentidos dos anfíbios são os olhos, as orelhas e a pele. Os olhos dos sapos possuem pálpebras móveis e glândulas produtoras de substâncias que os lubrificam. Também possuem a membrana nictitante, que contribui para sua proteção. O sapo não tem orelha externa. Possui uma membrana chamada tímpano, que transmite os sons para o interior da orelha interna. A pele pode receber certos estímulos, que pode ser comparado ao nosso tato.
Répteis: Os órgãos dos sentidos dos répteis os permitem sentir gosto de cheiro. Os olhos possuem pálpebras e membrana nictitante. Eles não possuem orelha externa, mas possuem conduto auditivo. Vários experimentos comprovam que a maioria dos répteis é capaz de ouvir diversos sons.
Aves: As aves têm os sentidos bastante desenvolvidos, principalmente a visão e audição. Os olhos são protegidos por pálpebras, membrana nictitante e glândulas lacrimais. Com a visão bastante aguçada, elas conseguem visualizar objetos a diferentes distâncias; o que contribui, por exemplo, para a captura de presas e para rápidas mudanças de posição no voo.
Mamíferos: Os sentidos dos mamíferos são bem desenvolvidos, mas a capacidade dos sentidos varia bastante entre as espécies. Os sentidos são: tato, olfato, audição, gustação e visão.
RELAÇÃO COM O HOMEM
Peixes: Os peixes servem como alimento para os seres humanos.
Anfíbios: Os anfíbios se alimentam de insetos.
Répteis: A peçonha das serpentes pode ser usado para a confecção de remédios e soros antiofídicos.
Aves: São ótimos agentes polinizadores e também plantam as sementes das frutas que comem, através das fezes.
Mamíferos: Produzem alimento, como leite e carne.
CURIOSIDADES
Peixes: Como ver se o peixe ainda está fresco? Devemos observar principalmente as brânquias. Se ainda estiverem avermelhadas, o peixe está fresco, pois o sangue ainda está bem. O olho é o próximo. Ele precisa estar lubrificado, para comprovar que ele foi tirado da água há pouco tempo. Inúmeros são os jeitos de identificar se o peixe está fresco, como a cor da pele.
A cartilagem dos condrictes é a mesma do nosso nariz.
Anfíbios: A língua do sapo não é presa ao corpo na parte posterior, ela é presa na parte anterior. Em razão disso, pode ser lançada para frente.
Répteis: Os dentes do jacaré, quando ele está com a boca fechada, não aparecem. Já os dentes dos crocodilos, quando estão de boca fechada, ficam para fora da boca.
Uma grama de veneno da Naja é suficiente para matar 150 pessoas.
As cobras ouvem com a língua. Elas não tem ouvidos e as suas línguas são extremamente sensíveis às vibrações sonoras. Elas vivem mostrando a língua justamente para captar essas vibrações.
O único continente que não tem répteis é a Antártida.
"Lágrimas de crocodilo" é uma expressão muito conhecida para dizer que alguém está fingindo um choro. O crocodilo, quando ingere um alimento, faz forte pressão contra o céu da boca, comprimindo as glândulas lacrimais. Assim, ele "chora" enquanto devora a sua vítima.
Os crocodilos são bem velozes na terra. Para fugir deles, o melhor a fazer é correr em zigue-zague, pois eles não conseguem mudar de direção repentinamente.
O camaleão pode mover seus olhos para dois lados diferentes ao mesmo tempo e tem a língua maior que o seu corpo.
Aves: A formação em V dos pássaros serve para economizar energia. Aqueles que estão na frente reduzem a resistência do ar para os outros. Quando o líder se cansa, ele é substituído por outro mais descansado.
O vocabulário do papagaio nunca chega a ter mais do que vinte palavras.
Num único dia, uma andorinha come 2 mil moscas.
O pica-pau pode dar cem bicadas por minuto numa árvore.
O beija-flor bate as asas noventa vezes por segundo, quatro vezes mais rápido que uma libélula. Ele voa de frente, de costas e até de ponta-cabeça. Procura néctar em 2 mil flores todos os dias.
Mamíferos: Os monotremos são os únicos mamíferos que botam ovos.
A língua de uma baleia azul pesa mais do que a maioria dos elefantes.