A palavra vírus
vem do latim e significa “veneno”. Os vírus são seres tão pequenos (algumas
dezenas de vezes ainda menos que as bactérias) que não são vistos ao
microscópico óptico, mas apenas ao microscópio eletrônico; por isso são
chamados de seres ultramicroscópicos.
Louis Pasteur foi
um dos primeiros cientistas a deduzir a existência de seres ainda menores que
as bactérias. Filtros de porcelana são capazes de reter bactérias. Mas, quando
certos caldos extraídos de tecidos infeccionados passavam por filtros de
porcelana, verificava-se que esses caldos continuavam nocivos. Além disso,
certos tecidos infeccionados não revelavam a presença de nenhum microrganismo,
vistos ao microscópio óptico. Isso fez com que os cientistas deduzissem que
existiriam microrganismos ainda menores que as bactérias, tão menores que
passavam pelos poros dos filtros de porcelana e não era vistos ao microscópio
óptico.
Características
gerais dos vírus
Os vírus não são
incluídos em nenhum dos cinco reinos de Whitacker, pois não tem todas as
características necessárias para um ser vivo.
São acelulares: os vírus não possuem
organização celular. Não têm membrana plasmática, nem citoplasma e organelas,
nem núcleo.
Não apresentam metabolismo próprio: nos vírus não
ocorrem as reações químicas observadas no interior de uma célula viva. Fora de
uma célula-hospedeira eles não têm nenhuma atividade; são inertes e podem até
formar cristais, como os minerais.
Podem passar por mutações: o material genético
dos vírus pode sofrer mutações e gerar grande variedade a partir de um único
tipo desses seres; um exemplo são os milhares tipos de vírus da gripe humana.
Existem dois tipos de vírus: os envelopados e os não-envelopados. Os vírus envelopados são constituídos por envelope, capsídio e genoma. Os vírus não-envelopados são constituídos apenas de capsídio e genoma.
O envelope é uma estrutura constituída por uma camada bimolecular lipídica responsável pela proteção do vírus. O envelope geralmente é a própria membrana plasmática da célula hospedeira com algumas proteínas específicas dos vírus. O capsídio é uma cápsula de proteína responsável por proteger o genoma. Cada proteína do capsídio é chamada de capsômero. O genoma nada mais é que o DNA, os genes do vírus. Nos vírus envelopados, as proteínas ligantes têm o papel de reconhecer a célula hospedeira e ligar-se a ela.
Os vírus possuem duas maneiras de se reproduzir. No caso do bacteriófago, um vírus que ataca somente bactérias, ele reconhece e liga-se à célula bacteriana, então, injeta o seu DNA no citoplasma da bactéria. Lá, o DNA do vírus faz com que a bactéria passe a produzir o DNA do parasita juntamente com o seu. Depois, ocorre a lise da célula. Ou seja, a célula se quebra e libera os vírus que haviam se desenvolvido dentro dela. Esses novos vírus então, vão parasitar outras células. Esse ciclo é chamado de ciclo lítico. É justamente por conseguirem destruir a célula que os vírus causam doenças. O outro ciclo é chamado de ciclo lisogênico. A diferença entre os dois ciclos é que no ciclo lisogênico, após o vírus injetar o seu DNA no citoplasma bacteriano, o DNA viral se incorpora no bacteriano e forma plasmídios. Os plasmídios ficam adormecidos dentro da célula. Apenas quando a bactéria da sinais de que vai morrer é que os plasmídios saem.
Principais viroses humanas
Dengue
Febre Amarela
Herpes
Hepatite B
Poliomielite
AIDS
Catapora/Varicela
Sarampo
Rubéola
Caxumba/ Parotidite Infecciosa
Raiva
Gripe Aviária
Gripe Espanhola
Varíola
Texto por: Laura França e Raquel
Texto por: Laura França e Raquel